Com 160 inscritos, o quarto painel do SC que dá certo, no Norte do estado, lotou o auditório do Centro Empresarial de Jaraguá do Sul, Cejas, na última terça-feira, 19. Mais uma vez, o Senac Empresarial levou a divulgação do Senac Empresas, aproveitando o público-alvo do evento para cadastrar novos parceiros na plataforma de cursos gratuitos, e realizou a ativação do quiz do tipo de liderança de acordo com o perfil profissional. 

No evento, o quiz do Senac sorteou um combo de cursos sobre Gestão Empresarial, a fim de aproximar esse público e reforçar o compromisso da marca com a educação corporativa. “Nós ouvimos hoje diversas histórias de sucesso, lá no Senac nós temos também essa vivência com os alunos, fazendo com que eles alcancem os seus sonhos, transformando suas vidas e a sua realidade.”, comenta Angélica de Cassia Ferreira, coordenadora do Núcleo de Relações com o Mercado do Senac em Jaraguá do Sul.

O painel foi aberto com Anderson Feio, gerente de relacionamento da HB Company, do ramo de games, mercado em que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial. Com o know-how de criar experiências por meio de games para clientes como Rock in Rio, Samsung e Fanta, Anderson compartilhou sua história: “No começo eu sofri muitas barreiras com família e amigos sobre meus filhos. O pessoal dizia para tirar da frente da tela. Mas eu comprei junto com eles a ideia de investir na tecnologia. Passados 15 anos, agora eu fico traduzindo para os pais o que significa o game hoje. Por meio do game, você começa a construir algo e aprende a criar algo. Você pode aprender ali a mexer com códigos de programação, descobrir que é um programador de IA ou que tem habilidades que nem imaginava.”, explica.

Na sequência, Ana Clara Franzner Chiodini, ceo da Agricopel, proprietária da rede de postos de combustível Mime, falou sobre superação: “É uma honra estar aqui contando a história de grandes empreendedores da minha família. Aprendi com eles a trabalhar sempre nessa inquietação de atender o cliente. Entramos em diferentes ramos por conta disso. Entramos no transporte para trazer novidade para o cliente. Mas nós também tivemos várias tentativas e erros que não deram certo.”

Por fim, a empreendedora Renata Faria, fundadora da Fórmula Animal, contou sobre a coragem de dar o primeiro passo, abrindo mão de uma vaga garantida em uma empresa de grande porte local, para abrir uma farmácia de manipulação veterinária. “Na época peguei empréstimo, um pouco do FGTS, um pouco com a minha mãe, meu pai deu os aparelhos de ar-condicionado... Comecei com uma balança, hoje eu sempre abro cada loja com quatro ou cinco, mas tu não vais começar com o ideal.” Da sala de 60 m2, a empresa conta hoje com uma sede com mais de 100 colaboradores e atualmente é a única rede de farmácias do ramo no Brasil com selo de excelência. 

Dicas, desafios e superação

Motivados a falar sobre dicas para a plateia, Renata falou sobre desafios e superação: “É uma jornada de muitos nãos que a gente recebe e tem que saber desviar desses conselhos. Uma vez eu liguei para a dona de uma farmácia e ela disse: não te avisaram que não dá certo abrir em uma cidade com menos de 15 mil habitantes?”. Completou com exemplos: “Eu já fui em casa de cliente uma hora da manhã entregar remédio. Quando a gente tem um propósito não tem como fazer diferente. Quando a gente quer empreender tem que achar uma dúvida, gerar o benefício e achar a solução. Se você tem uma dor sua, com propósito, vai! Trabalha bem, pesquisa, pega um sócio, mas não deixa de fazer, e se falhar, falha rápido, volta e faz de novo.” 

Anderson falou sobre seu exemplo, reforçando a importância do olhar para as oportunidades: “é importante valorizar e apoiar os filhos a fazer experiências nesse mundo virtual. Nós estamos numa pontinha de um oceano de oportunidades. Se a criança tiver interesse, não bloqueia. Hoje nós temos programas de ensino de forma gameficada. Se puder, conduz.”

Ana Clara complementou: “Não importa o negócio, se tu fizeres bem, sempre vai ter oportunidade. Olhar para o propósito, para o que gosta de fazer, precisa ser sobre algo que nos move. E com custo capital Brasil - não adianta olhar lucro líquido, tem que olhar caixa. Isso é resiliência de negócio, sem esquecer do pilar de gente, dos funcionários. É por meio das pessoas que os negócios acontecem.”

O evento que já passou pela grande Florianópolis, Sul do estado, Vale do Itajaí e Norte, segue no dia 2/9 para Lages, no planalto serrano, e no dia 16/9, para Chapecó, no Oeste, percorrendo as seis mesorregiões de Santa Catarina.