Às vésperas da 5ª edição das Competições Nacionais 2025 do Senac, que acontecerão entre os dias 18 e 21 de setembro no RioCentro, no Rio de Janeiro, a delegação catarinense prepara os últimos ajustes. Nesta edição, o estado participa com seis ocupações: Florista, Cozinha, Serviço de restaurante, Estética e bem-estar, Cuidados de saúde e apoio social e Informática para internet, esta última uma novidade da edição deste ano. Além do título nacional, para as competidoras das outras cinco ocupações a disputa vale vaga na Worldskills Competition 2026 em Xangai, na China.

O circuito educacional do Senac promove desafios sobre excelência profissional e esta edição contará com alunos provenientes de 23 estados e do Distrito Federal. Desde 2010, primeira participação do Senac SC nas Competições Nacionais, a instituição aposta e investe no projeto. Sobre o papel das Competições no processo educacional, a pedagoga do Senac SC, Leila Oliveira Di Pietro, explica:  “As competições são também uma forma de metodologia de ensino. O competidor é um profissional de qualidade que se aprofunda. Vale destacar, que não é uma competição profissional. A limitação da idade, por exemplo, é essencial para avaliar a educação, o aluno com aquela formação, e não a experiência do profissional.”. 

Sobre um dos diferenciais trazidos pelo processo e preparação, o professor e técnico Daniel André Lopes, treinador e avaliador da Ocupação Cozinha, acrescenta: “A diferença de um aluno normal para um aluno de competição é que o aluno de competição é multitarefas.”.  

Encontro promove integração entre participantes

Na última segunda-feira, 25, a delegação catarinense – competidores, professores e equipe de apoio – reuniu-se no Sesc Cacupé, em Florianópolis, para alinhamentos, ajustes e integração. O encontro começou com uma apresentação do projeto das competições do Senac e da Worldskills, feita pela expert Cristine Bittencourt de Oliveira Uliano. Na sequência, cada competidor com seus treinadores apresentaram seus planos de trabalho.  Após as seletivas estaduais, os competidores prepararam-se em torno de um ano, com um treinamento intenso sobre diversas atividades relacionadas à sua ocupação. 

Na parte da tarde, a delegação participou de uma atividade de integração, que envolveu trabalho em equipe, sob pressão. Com as pernas atadas, os alunos tinham que encontrar uma solução para compreender a regra do jogo com um grupo de professores mudos e conduzir outro grupo de professores vendados para um local determinado. “A ideia foi trabalhar a ação dos alunos, expostos a uma limitação e sem nenhuma orientação, por isso alguns professores ficaram completamente cegos e outros mudos.”, explica a professora Bianca Manara, que conduziu o trabalho.

Por fim, a medalhista de ouro da ocupação Cabeleireiro na Worldskills, Bruna Pimentel, do Rio de Janeiro, contou sua trajetória e fez uma fala motivacional para a equipe: “Inúmeras vezes eu desconfiei do meu potencial. Por isso eu sempre falo que a maior competição é consigo mesmo. Não é com os outros, é competir consigo todos os dias. Cada dia é uma soma para o resultado. Competir é renunciar sempre à nossa zona de conforto. Não é sobre vencer, é superar.”

Na última edição da Worldskills, em 2024, em Lyon, na França, a catarinense Maria Olívia Fronza Block, de Rio do Sul, trouxe para casa uma medalha de excelência (conferida aos competidores que possuem nota acima da média).