Durante a maratona, foram propostas ideias para promover o pensamento disruptivo na comunidade, fomentando a inovação e melhoria nos serviços de saúde. Foram mais de 30 horas de trabalho e troca de experiências entre pessoas de mais de 30 cidades e 40 instituições de saúde. O evento também viabilizou o debate necessário sobre a administração de medicamentos que podem comprometer a segurança dos pacientes.

"O objetivo foi colocar no mesmo espaço os diferentes atores responsáveis pela assistência aos pacientes. Todos juntos com um único propósito: discutir o tema e propor soluções voltadas para diminuir os eventos adversos”, afirma Daniella Farinella Jora, analista estadual de Eixo Ambiente e Saúde do Senac SC e conselheira-secretária do Coren/SC. "A ideia é que depois do evento estes profissionais voltem para seus respectivos cenários de prática e comecem a propagar isso aos seus colegas, sempre pensando em como é possível melhorar e qualificar a prática profissional”, completa.

A palestra do médico infectologista José Branco, fundador e diretor do Instituto Brasileiro para a Segurança do Paciente (IBSP), e da enfermeira Karina Pires, diretora de Operações do Instituto iniciou as atividades técnicas do DesignThon. Ambos falaram sobre o contexto dos eventos adversos no Brasil e no mundo e a importância do evento para integrar profissionais multidisciplinares e pensar em inovações práticas para a segurança do paciente.

Na sequência, os participantes foram divididos em grupos e, sob a coordenação de mentores, analisaram os principais problemas nas instituições de saúde. Foram criadas "personas” fictícias, mas com problemas reais que foram examinadas por cada uma das equipes. O objetivo era buscar soluções acessíveis e sustentáveis que podem ser aplicadas na melhoria dos processos, gestão e qualificação profissional.

O grupo H7 teve a maior pontuação do DesignThon, com o case QR Health – a tecnologia que salva vidas e reduz os custos do processo. A solução prevê um QR Code específico que confere se o medicamento foi administrado de maneira correta no paciente certo. Para isso, basta escanear o código do fármaco e conferir com o código do paciente, trazendo uma dupla checagem simples e eficiente.

Na classificação geral, os grupos H1, com o aplicativo Note-Fique e H4, com soluções analógica e digital que colocam o paciente ativo no processo, ficaram com a segunda e terceira colocação respectivamente.

Senac SC no DesignThon

Promovido pelo Senac SC em parceria com o Coren/SC, ABEn/SC, Instituto Santé, Movimento Global Hacking Health e Associação Catarinense de Medicina (ACM), o DesignThon foi o primeiro passo para difundir esta temática de segurança do paciente para outras regiões de Santa Catarina, como forma de mobilizar o ecossistema em todo Estado.

E a experiência adquirida no evento reflete também no processo de formação dos profissionais da área. "O DesignThon teve como principais resultados a apresentação de soluções e alternativas para otimizar o atendimento ao paciente nas instituições de saúde, além de promover o engajamento de profissionais de diversas áreas. Toda essa vivência terá grande impacto no processo de formação, especialmente para os alunos do curso Técnico em Enfermagem, pois a temática de segurança do paciente é amplamente trabalhada em sala de aula, contribuindo diretamente para a entrega efetiva de um profissional ainda mais qualificado para o mercado de trabalho”, acredita Ana Elisa Cassal, diretora de Educação Profissional do Senac SC.

A instituição também contou com um estande no ACM Summit, onde apresentou uma nova tecnologia de educação na área da saúde – que já está presente na Faculdade Senac Joinville e em fase de implantação nas unidades de Porto União, Videira e Joaçaba. O software modular Athena Hub, desenvolvido pela empresa Medical Harbour, permite estudos detalhados da anatomia humana: a ferramenta conta com atlas anatômico e imagens médicas tridimensionais, facilitando a análise detalhada do corpo e agregando ainda mais valor ao ensino (e aprendizado) dos alunos.